INFORME PLATTS
informações fornecidas pela agência Platts, parte da S&P Global Commodity Insights, com notícias relevantes sobre o setor.Dados de 20 de maio
• Os preços FCA de diesel S10 subiram ontem no Sul e Sudeste, com o mercado se ajustando ao nível dos futuros de junho do Heating Oil na NYMEX. A maioria das ofertas em Paranaguá foi reportada a PB – R$ 60/m³ e um lote pequeno de 50 m³ foi negociado a esse mesmo desconto. Enquanto isso, as ofertas em Santos foram ouvidas a PB – R$ 40/m³. O mercado no Nordeste permaneceu estável, mas ao menos uma venda de 500 m³ foi reportada a PB + R$ 60/m³ em Itaqui. Em Araucária, ao menos uma oferta foi relatada a PB – R$ 50/m³.
• O mercado FCA de gasolina no Nordeste também teve uma leve alta, influenciada pelos ganhos na NYMEX e o dólar mais caro, mas ainda limitada pela distância entre o interesse de compra e o de venda. Itaqui foi o único porto a ter atividade firme reportada ontem, com a oferta mais competitiva a PB – R$ 30/m³, enquanto o bid mais alto chegou a PB – R$ 60/m³ no local. Em Suape, houve ao menos um relato de interesse de venda a PB – R$ 50/m³. Alguns vendedores com maior apetite para fechar negócio mantiveram ofertas descontadas, enquanto outros viam o mercado mais próximo do PB – R$ 10/m³, quase flat, ou até premiado, em PB + R$ 20/m³.
• No âmbito externo, os futuros do petróleo fecharam em leve queda ontem, com o mercado perdendo seu otimismo quanto a um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, e também influenciados por sinais de demanda mais fraca vindos da China. Apesar de Donald Trump ter dito que as negociações para o fim da guerra se iniciariam, Vladimir Putin insistiu que uma resolução depende de eliminar “a raiz da crise”, o que foi visto como uma relutância em fazer concessões. Da China, veio a informação de que refinarias reduziram sua produção em abril para 14,2 milhões de barris/dia, queda de 5% sobre março.
• O Goldman Sachs disse recentemente, em relatório, que espera uma redução de 400.000 barris/dia na produção americana de petróleo até o fim de 2026, frente ao nível visto no quarto trimestre do ano passado. Os analistas do banco acreditam que há sinais de que a produção do xisto esteja encolhendo, com empresas enxugando a operação em meio a preços mais baixos da commodity no mercado internacional. Esse passo atrás, acrescentam, pode ter um impacto relevante no crescimento da oferta dos EUA ao longo dos próximos anos. Na estimativa da S&P Global Commodity Insights, a produção nos EUA iria de uma média de 13,5 milhões de barris/dia em dezembro para 13,3 milhões de barris/dia no fim de 2026.

